quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Afinal, quem inventou o macarrão?




Chineses, árabes ou italianos?
A resposta para essa pergunta é um grande mistério... Alguns acreditam que foi criado individualmente em diversas partes do mundo de forma independente.
Há muitas controvérsias em relação à origem do macarrão. Veio da China, da Arábia ou mesmo da Itália? O que se sabe atualmente é que o homem ao descobrir que moendo alguns tipos de cereais e misturando a água resultaria numa massa, passaram então a cozinhá-la ou assá-la. A partir daí, foi se criando receitas variadas surgindo assim a massa de macarrão.
Existem várias referências sobre a origem do macarrão; no Ocidente do século VaC, está no Talmud de Jerusalém, livro que traz as leis judaicas. Os antigos hebreus utilizavam nas cerimônias religiosas o macarrão, na época era uma massa chata chamada de itrjia. Outra referência é do século VIIaC, consumia-se uma papa de farinha cozida em água (pultes) juntamente com legumes e carne (puls púnica) ou com queijo fresco e mel (puls Julia).
A versão mais convincente para os historiadores é de que os árabes levaram o macarrão à Sicília no século IX, quando conquistaram a maior ilha italiana. Nesta época a Sicília tornou-se o centro mais importante de comércio e exportação do macarrão, os navegadores genoveses transportavam a massa para importantes portos do Mediterrâneo, como Nápoles, Roma, Piombino, Viareggio.
E a versão mais divulgada diz que foi Marco Polo, no século XIII, em uma viagem à China que trouxe o macarrão ao Ocidente. Surgiu então a palavra macaronis derivada do verbo maccari, um antigo dialeto da Sicília, que significa achatar, e que, por sua vez, vem do grego makar, que quer dizer sagrado. Daí, então, podemos deduzir que a palavra macarrão pode ser derivada da palavra macaronis.
Recentemente um macarrão de cerca de quatro mil anos foi encontrado no sítio arqueológico de Lajia, junto ao Rio Amarelo, na China.

Pesquisadores dizem que esta descoberta estabelece que o macarrão realmente seja originário da China.
Apesar de todos esses registros sobre a história do macarrão, uma coisa é certa: a partir do Século XIII, os italianos foram os maiores produtores, difusores, apreciadores e consumidores do macarrão por todo o mundo.
Tanto é que inventaram mais de 500 variedades de tipos e formatos, onde os mais conhecidos são a lasanha, spaguetti, capeletti e macarrão sêmola. Nesta época os italianos incorporaram ao macarrão um ingrediente nobre: a farinha de grano duro, que permite o cozimento correto.
Já no Brasil, o macarrão chegou ao final do século XIX, trazido pelas primeiras famílias de imigrantes italianos, principalmente na região Sul do país.
Com o avanço da tecnologia, foram inventados muitos tipos de macarrão, como por exemplo, o fetuchine, espiral, ravióli, penne, parafuso, aletria, lámen, entre tantos outros encontrados em diferentes formatos, com ou sem recheio e cores variadas.

Após o I Congresso Mundial de Pasta, realizado em Roma, no ano de 1995, foi criado o Dia Mundial do Macarrão. Nesta época, vários países como EUA, México, Turquia, Itália, Alemanha, Venezuela, incluindo o Brasil organizam festas e eventos especiais, mostrando que o macarrão é um alimento universal e adaptável a qualquer região do planeta. É comemorado no dia 25 de outubro.
Alguns motivos para incluir macarrão na alimentação:
  • Fonte de energia
  • Pobre em gorduras e, em muitas de suas versões, com zero de gorduras trans
  • Prático de fazer
  • Sabor agrada a todos
  • Disponível em todas as regiões do país
  • Apresenta inúmeros formatos e variação de cores
  • Possui grande aceitabilidade entre as crianças
Um bilhão de quilos da massa é consumido anualmente no Brasil, colocando o país em 12º lugar no ranking mundial de consumo do macarrão.


sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Pizza... Quem resiste?



Existe alguém que resiste a uma
deliciosa pizza??? 




Toda vez que pensamos nela, logo lembramos dos italianos, correto? Correto... Entretanto, não foram eles que inventaram esse prato.
Como acontece com a maioria das histórias de invenções antigas, há várias versões sobre a origem da pizza, alguns dizem que ela foi criada pelos egípcios e outros afirmam que os pioneiros foram os gregos. Acredita-se que há mais de 6.000 mil anos os babilônios, hebreus e egípcios misturavam a farinha de trigo e o amido com a água, o sal e assavam em fornos rústicos. Essa massa era chamada de “pão de abraão” ou “piscea”e é muito parecida com os pães árabes.
No início eram utilizados somente as ervas regionais e o azeite de oliva como ingredientes típicos. Os fenícios, 700aC, acrescentavam coberturas de carne e cebola ao pão, os turcos mulçumanos adotaram esse costume durante a Idade Média e por causa das cruzadas chegou à Itália pelo porto de Nápoles. Nesta época, a massa de pão normalmente recebia toucinho, peixes fritos e queijo em sua cobertura. E foi no sul da Itália mesmo que se acrescentou o tomate e o orégano fazendo com que a pizza se tornasse mais elaborada.


A primeira pizzaria que se tem notícia é a ex-pizzaria Port’Alba, ponto de encontro de pintores, poetas e escritores famosos da época. Don Rafaelle Espósito foi o primeiro pizzaiolo da história e proprietário de uma famosa pizzaria de Nápoles, a Pietro il Pizzaiolo.
Aqui no Brasil chegou juntamente com os imigrantes italianos e até o ano de 1950 era muito comum somente em colônias italianas. Até por volta de 1960 os bares começaram a produzir pizzas para serem servidas como aperitivo e os restaurantes e cantinas serviam como uma das opções de prato de massa.
Hoje é um dos alimentos mais aceitos em todo o mundo e já faz parte da cultura do nosso país. Em 10 de julho de 1985 começou a se comemorar o dia da pizza.  

Com o passar do tempo, a pizza foi ganhando novas coberturas, cada vez mais diversificadas e criativas, por isso é apreciada e consumida por muitos, já que a variedade de sabores consegue agradar a todos.
Os EUA, principalmente em Nova Iorque e o Brasil, especialmente na cidade de São Paulo são os dois países que mais consomem pizza no mundo.
Acredito que talvez seja o prato mais democrático que existe.
Em qualquer 1ugar do mundo pizza é pizza, inclusive seu nome é pronunciado como na Itália.


quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Simples ou Requintada?



      
   Quem não a conhece?
 
A mortadela é um embutido que nasceu na época do império romano há mais de dois mil anos atrás. Vem da palavra "myrtata" que é carne temperada com “bagas da mortella”, planta de sabor resinoso; ou da palavra “mortarium”, pilão usado para triturar a carne. Até nos dias de hoje, Bolonha, a capital da Emília Romanha, faz a melhor mortadela de todo o mundo, por essa razão se deu nome ao tipo mais famoso dela. No século 18, foi proibida a fabricação da mortadela em outras cidades, Bolonha queria exclusividade, para nossa felicidade essa interdição não vingou, o que contribuiu para que essa iguaria tornasse paixão mundial.
Na Itália é utilizada em antepastos, acompanhamentos, recheios de massas e de almôndegas (polpette), em pequenas tortas de batata (tortini) e até em molhos. 

Há mitos em relação à fabricação dela, alguns dizem que ela é feita de carne de cavalo e restos de animais para que os frigoríficos não tenham perdas significativas, mas na verdade em Bolonha é feita exclusivamente de carne magra de porco sem osso, principalmente a paleta, juntamente com sobras cruas de presunto e de copa que são trituradas várias vezes para depois receber uma camada de gordura, geralmente retirada da papada do animal, e ser levada ao forno para cozinhar no vapor. E no Brasil pode ter carne bovina sem osso, aves e miúdos de porco. Existem boas marcas nacionais, a Ceratti está entre a mais famosa, mas também temos a Perdigão, Sadia, Marba, Seara, Chapecó entre outras.
A coloração rosa, o sabor delicado da massa fina e o aroma suave das especiarias é que faz com que ela seja apreciada pela maioria da pessoas. A cor é a principal característica, quanto mais rosada maior a quantidade de carne suína, enquanto que as mais avermelhadas, carne bovina. 

Muitas pessoas acham que ela é pouco ou até mesmo nada sofisticada, para outros é simplesmente saborosíssima; não tem meio termo, ou se odeia ou se ama. Contudo, mesmo com todas essas opiniões divergentes, hoje em dia está sendo utilizada em pratos requintados. Vários chefs de cozinha estão elegendo-a como atração principal em suas criações, tanto que em muitas publicações especializadas já se registra que o consumo anual ultrapassou 100 mil toneladas somente no Brasil.